sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Ver o que é preciso ser visto

A vida cristã deve ser um movimento progressivo, numa linha em direção a um fim. A linha e o fim é Cristo. Podemos dizer que a nossa salvação foi uma questão de nos ver como pecadores ou, que é ver Cristo morrendo por nós e nós Nele.

A carta de Paulo aos Gálatas pode ser assim resumida: o cristão não é alguém que faz isso aquilo, ou que deixa da fazer isso e aquilo, por ser proibido. O cristão não é governado pelas coisas exteriores de um modo de vida, uma ordem ou sistema de regras.


O cristão é aquele que recebeu no seu íntimo a Pessoa de Cristo: Ele está incluído nesta revelação: Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, sem detença, não consultei carne e sangue. Gálatas 1:15-16. Esta é apenas outra forma de dizer: “Ele abriu meus olhos para que eu veja”.

Acontece que, o cristianismo se tornou, amplamente, apenas uma tradição. A Verdade foi dividida em “verdades” inscritas em um “livro dourado de doutrina evangélica”. Estas doutrinas estabelecem os limites do cristianismo e são apresentadas de muitas formas. Elas são servidas convenientemente acompanhadas com piadas e ilustrações interessantes e atrativas, cuja “originalidade” e “singularidade” são previamente estudadas.

Têm alguma chance de serem entendidas por causa das roupagens com que são vestidas, dependendo também da habilidade e da personalidade do pregador ou mestre. As pessoas dizem: “Gosto do seu estilo, da sua maneira ou do modo de dizer as coisas”.


Todavia, quando o falatório é despido das piadas, histórias e ilustrações, e da performance teatral do pregador ou mestre; quando todos esses “farrapos” são removidos do discurso, perguntamos: Onde está a verdade? Onde está Cristo?

Lamentavelmente, esta é a grande verdade em nossos dias. Num sentido, podemos afirmar que nunca houve um tempo como o atual, tão carente de pessoas que possam dizer: era cego e agora vejo.

Essa é a necessidade em nossos dias. A esperança se prende nisto: que pessoas sejam levantadas neste mundo; neste mundo negro de confusão, caos, tragédia e contradição que possam dizer: “Eu vi”.

O que precisamos não é de uma suposta nova visão ou uma nova verdade. Não são novas verdades e tampouco a mudança da verdade. Precisamos daqueles que apresentam a Verdade como homens que “viram”.

Não somente homens que estudaram ou que leram, mas homens que viram. Como aquele que encontramos em João 9, em sua manifestação de assombro: “Se é pecador, não sei; uma coisa sei: eu era cego e agora vejo”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não deixe de comentar

Real Time Web Analytics